Inadimplência alta e confiança do comércio em queda exigem planejamento financeiro 3s113i
Alta da Selic, inflação acima da meta e número recorde de consumidores negativados pressionam o varejo 2snr
Alta inadimplência, inflação e Selic elevada fragilizam o varejo brasileiro em 2025, demandando planejamento financeiro rigoroso para famílias e empresas enfrentarem a instabilidade econômica.
Apesar do crescimento de 2,3% nas vendas do varejo brasileiro no primeiro bimestre de 2025, o ambiente macroeconômico segue desafiador. A taxa Selic, ainda elevada em 14,75% ao ano, combinada à inflação acima da meta e ao aumento da inadimplência, impõe limites ao poder de compra da população e pressiona o caixa de empresas e famílias. 5b5z4b
Em abril, 70,29 milhões de brasileiros estavam negativados, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil — um aumento de 4,59% em relação ao mesmo mês do ano ado. O dado reflete diretamente no desempenho do varejo, que viu seu Índice de Confiança cair para 83,1 pontos em março, o menor patamar desde 2021.
“O aumento da inadimplência é um termômetro claro da dificuldade que o consumidor enfrenta para manter suas contas em dia, especialmente com os juros altos e o encarecimento do crédito. Essa combinação afeta diretamente a saúde do varejo, que depende da circulação de renda e da confiança do consumidor para se manter competitivo”, afirma Maurício Stainoff, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP).
Endividamento das famílias e desconfiança no horizonte 3i4d6t
Dentre os 70,29 milhões de brasileiros negativados em abril, cerca de 42,36% são representados pela população adulta. Com quase metade dessa faixa etária endividada, as expectativas futuras também recuaram, indicando que os próprios empresários já antecipam uma desaceleração nas vendas e no faturamento. O reflexo disso são estoques represados, redução na margem de lucro e adiamento de investimentos.
“O ambiente de consumo está fragilizado. Com a Selic alta, as empresas enfrentam juros proibitivos para investir e girar o estoque, e os consumidores não conseguem parcelar compras sem cair em dívidas impagáveis. A confiança é o que movimenta o varejo, e neste momento ela está sendo corroída pela instabilidade econômica”, comenta Stainoff.
Planejamento financeiro: o escudo contra a crise 113g1e
Em um cenário de incerteza, o planejamento financeiro emerge como uma ferramenta decisiva — tanto para famílias quanto para empreendedores. Lucas Sharau, planejador financeiro e assessor da iHUB Investimentos afirma que manter um controle rígido de receitas e despesas, evitar dívidas de alto custo, estabelecer reservas de emergência e definir prioridades são práticas indispensáveis no cenário atual.
“Planejar as finanças é o primeiro o para retomar o controle. Não basta cortar gastos: é preciso entender para onde o dinheiro está indo, buscar alternativas de crédito mais baratas e, se possível, montar uma reserva de segurança. Empresas e famílias que não tiverem clareza de seu fluxo de caixa vão sentir o impacto direto da volatilidade econômica”, alerta Lucas Sharau.
Além disso, o especialista reforça a importância da educação financeira como pilar de proteção no médio e longo prazo. “Mais do que nunca, é super importante ter clareza sobre receitas, despesas fixas e dívidas existentes. O orçamento precisa ser realista e atualizado frequentemente. Empresas e famílias devem evitar decisões impulsivas, buscar renegociações quando necessário e pensar em reservas financeiras como forma de proteção. Além disso, buscar o auxílio de um profissional”, finaliza Sharau.
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