Após condenar lutador por estupro no Ceará, juíza decide liberá-lo; vítima critica
Edilson Florêncio da Conceição foi preso em flagrante, mas ficou apenas dois meses preso
Juíza no Ceará liberou motorista de aplicativo condenado a 8 anos por estupro, permitindo que recorra em liberdade por ser réu primário e ter bons antecedentes, gerando indignação da vítima.
A juíza Adriana Aguiar Magalhães, da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, ordenou a liberação de Edilson Florêncio da Conceição na segunda-feira, 9, depois de tê-lo condenado a 8 anos por estupro de vulnerável.
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O motorista de aplicativo também recebeu mais dois meses de detenção por ter resistido à prisão. Na decisão, a juíza argumentou que o criminoso tem o direito de recorrer em liberdade em razão de ser "réu primário" e ter "bons antecedentes".
De acordo com a TV Verdes Mares, a advogada do réu, Carolina Dantas Azin Rocha, afirmou que a fixação da pena "deve ser feita com base na lei e não movida por reações emocionais ou pressões sociais".
O caso aconteceu no dia 19 de janeiro deste ano. Renata Coan Cudh, de 34 anos, estava saindo de uma festa quando resolveu chamar um carro por aplicativo para ir embora. Segundo a empresária, ela foi "sequestrada, violentada e estrangulada até quase a morte".
Até a última segunda-feira, a vítima ainda não havia se exposto nas redes sociais. No entanto, com a liberação do criminoso, Renata publicou um vídeo nas redes sociais no qual relata os momentos de terror vividos na noite do crime.
"Eu não tive chance nenhuma de defesa. Me lembro de cada segundo do ar faltando. Por mais que eu tentasse transparecer que eu estava bem nas minhas redes sociais, nesses últimos quatro meses, eu e minha família sofremos em silêncio. Porque não queríamos exposição", disse.
"Edilson Moicano", como também é conhecido o lutador de MMA, foi preso em flagrante por três policiais que avam pelo local no momento do crime. Ele tentou fugir do local após o estupro, mas acabou sendo levado pelos agentes. Agora, com a decisão da Justiça do Ceará, Edilson poderá recorrer da pena em liberdade.