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Campeonato Turco 4u1o51

Criado em Itaquera, Cris tem aventura turca antes de volta ao Brasil 6l6p58

19 set 2012 - 10h00
(atualizado às 10h46)
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Os quase oito anos defendendo o Lyon, da França, deixaram marcas em Cris a ponto de o zagueiro do turco Galatasaray falar com sotaque. Durante entrevista, ele chegou a utilizar construções comuns no idioma francês para se expressar. Mas a experiência internacional não se sobrepôs às suas raízes. r5w3h

Zagueiro fez sucesso na França, atualmente está na Turquia e quer voltar ao Brasil em breve
Zagueiro fez sucesso na França, atualmente está na Turquia e quer voltar ao Brasil em breve
Foto: Getty Images

Criado em Itaquera, Cris gostaria de retornar ao Corinthians, clube do início de carreira, que está construindo um estádio justamente no bairro da Zona Leste de São Paulo. Outra opção seria defender o Cruzeiro, pelo qual já conquistou sete títulos - entre eles, a trinca Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro em 2003.

A volta ao País poderia ter ocorrido já durante a última janela de transferências do verão europeu. Ainda que tivesse mais um ano de contrato com o Lyon, Cris recebeu sondagens do Cruzeiro, mas a negociação não foi adiante por falta de tempo. O Corinthians, por sua vez, buscou a contratação de um zagueiro após as transferências de Leandro Castán e Marquinhos para a Roma, porém optou pelo também veterano Anderson Polga.

Polga já estava presente em uma das frustrações da carreira de Cris, convocado para quase todos os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Luiz Felipe Scolari, no entanto, preferiu chamar o atual zagueiro do Corinthians para o Mundial. "Um treinador quis levar os jogadores dele", segundo o jogador do Galatasaray, que estava presente na "festa", no "espetáculo" e na "gracinha" da Seleção Brasileira na Alemanha, quatro anos mais tarde.

A fase na Seleção acabou. No Lyon também. Cris agora é atleta do Galatasaray, mas só acertou sua transferência depois de consultar seu novo companheiro de time, Felipe Melo, e o agora rival Alex, meia do Fenerbahce. A negociação também foi chancelada pelo ex-jogador Taffarel, hoje treinador de goleiros do clube turco. A empolgação com o novo time é grande, mas não diminuiu a sua vontade de voltar a jogar no Brasil. O sucesso do ex-companheiro Juninho Pernambucano no Vasco serve de inspiração para o retorno do zagueiro. Seja para Corinthians ou Cruzeiro.

Você era ídolo no Lyon. Os torcedores gritavam seu nome no estádio, e você mesmo dizia que não queria sair do clube. Qual é a sensação de chegar a um time novo depois de tanto tempo na França, para jogar a Liga dos Campeões?

Cris:

No Lyon, fiz mais de 50 jogos na Champions. Será pelo Galatasaray neste ano. É um sentimento diferente, com jogadores novos, clube novo, tudo novo. Mas a vontade é a mesma, até por estar em uma competição que todos os jogadores sonham disputar. Estou bastante motivado para essa aventura.

Antes de chegar à Turquia, houve alguma negociação com outro time? Do Brasil, por exemplo?

Cris:

Tiveram contatos da Arábia Saudita, do Bayern , do Mallorca, da Espanha. Teve um contato com o Cruzeiro, do Brasil. Mas nada oficial.

A escolha do Galatasaray aconteceu por quê, então?

Cris:

É uma equipe interessante, que vai jogar a Liga do Campeões da Europa. É um novo desafio na minha carreira, uma aventura. Vou conhecer uma nova cultura, um novo estilo de jogo. Acho que o diálogo com o Cruzeiro foi um pouco tarde, porque o mercado de transferências fechou cedo aí no Brasil. A Arábia Saudita ficou um pouco difícil para a família. Minha esposa não estava muito interessada em ir para lá. Dubai ficou naquela de vai, não vai. Tem proposta, não tem proposta... Aí, apareceu o Galatasaray, com uma oferta oficial. Conversei com os diretores do Lyon. Eles aceitaram numa boa a transferência. Ajudou o Lyon também, que está ando por um período de mudanças porque não vai jogar a Liga dos Campeões e já tinha vendido o Cissokho. Foi bom para as duas partes.

Ao diário francês L'Équipe, você disse que falou com o Taffarel antes de aceitar a proposta e também com o Felipe Melo. Qual foi o teor da conversa?

Cris:

O Taffarel que me ligou para falar do interesse. Ele me falou que eu poderia vir tranquilo porque o clube é muito bom, estruturado. Também disse que o time tinha sido campeão no ano ado e mantido a mesma base, que eu seria muito útil com a minha experiência. O Felipe Melo foi a mesma coisa. Ele já estava aqui há um ano, elogiou o time e avisou: ''Pode vir tranquilo. Aqui é muito bom. A cidade é ótima, para a família também. Conheço alguns jogadores contra quem joguei. Isso me motivou mais ainda. E realmente é bem interessante.

Quando o Felipe Melo assinou a renovação, chegou a Istambul recepcionado por centenas de torcedores no aeroporto. Ele é considerado esse craque mesmo por aí?

Cris: O Felipe tem uma história aqui, né? No primeiro ano dele, fez mais de dez gols, ajudou a equipe a ganhar o título, na casa do Fenerbahce. O torcedor reconhece isso. Ele é ídolo do time hoje, um dos cabeças. É muito importante para o Galatasaray.

Apesar do pouco tempo, já deu pra sentir o que é a rivalidade com o Fenerbahce"> Cris:

Pode ter sucesso. Vai ter que trabalhar, porque na posição dele tem vários jogadores. Mas, com certeza, ele tem muita qualidade. Vai ter que matar um leão por jogo. Mas tem lugar para ele, sim.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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